REDES SOCIAIS: DE VOLTA PARA O PASSADO?

 

Atualmente, a cada vez que eu acesso qualquer uma das redes sociais mais conhecidas, eu me surpreendo e tenho sensações de desconforto e até de medo frente aos anúncios que são postados:

  •         Flashbacks; 
  •         Déjà vu; 
  •         Retrospectiva;
  •         Retrocesso...


Houve no passado um sistema de divulgação de informações, endereços, publicidade e propaganda que permeou os setores da sociedade e da economia ao longo de quase todo o século XX: o sistema de “Páginas Amarelas” !

Este sistema constituía-se em guias físicos, verdadeiros “livros”, de endereços e dados relativos a pessoas e empresas. Neles constavam também as principais atividades das organizações, seus serviços, produtos e promoções, distribuídos em anúncios claros, simples e muito eficazes. Tinham uma grande qualidade: não possuíam logoritmos!  Então, não eram invasivos, eles não "saltavam sobre nós" a cada abertura de página, como hoje ocorre nas desvirtuadas redes sociais.

Porque estou tratando deste assunto e de um produto antigo, que deveria estar relegado a história recente da humanidade? Ora, porque eu tive a oportunidade de viver parte do século passado, com as suas “páginas amarelas” e vivo também a transição do físico para o virtual na informatização da cultura humana.
E daí? Daí que eu agora estou revendo um novo tipo de “páginas amarelas”, reeditadas de forma muito invasiva e repetitiva (o mesmo do mesmo)  no Face e no Insta; percebo também a mesma coisa já tomando conta do Lkdn e  se armando para cima do Whats!  Basta acessar qualquer uma delas para comprovar, sob uma chuva de anúncios de mesmo DNA, que se tornaram grandes canais de vendas e de propaganda, desvirtuando a sua função de rede social. Portanto, não pense de forma simplista, que tudo isto é de fato uma evolução cultural; ledo engano! Como diria um herói infantil do século XX, o Chapolin Colorado:  Tudo foi friamente calculado”.  
    
Vou auxiliar você, relembrando qual era o descritivo e principal objetivo do Face:

“Na plataforma, os usuários podem criar um perfil ou uma fanpage, interagindo entre si através de "likes", mensagens e compartilhamentos de imagens e textos. De acordo com Mark Zuckerberg, o objetivo da rede social é conectar pessoas, criando um mundo mais transparente.”

E do Insta:  

 proposta não poderia ser mais simples: tire fotos, aplique filtros “retrô” e compartilhe com seus amigos. Nada de recursos elaborados ou funções complexas. É baixar e se divertir. ... Mais do que uma simples ferramenta para compartilhar fotos, o Insta dá um ar “cool” a todas as imagens que “toca”.

Então: Hellooo!

Voltamos ao século passado, para as "páginas amarelas", agora numa versão feroz e canibal ?

Perceba que na televisão ainda é possível trocar de canal para não assistirmos aos comerciais. E com as redes? Como fazer para os anúncios não "pularem sobre as nossas jugulares"? É justo, por exemplo, sair da rede? Claro que não !

O que se sabe, na verdade, é que foi mesmo tudo friamente premeditado e que os usuários estão agora “amestrados” para engolirem o que lhes for apresentado, na maioria das vezes anúncios sem qualquer critério de qualidade de imagens, de ética, de redação. Só que tem um detalhe: de tanto engolirem porcarias, tem uma hora em que os consumidores passarão a "vomitar" discursos de senso comum!  Tudo porque nas redes a coisa está no modo “goela abaixo”. Só que para quem sabe, o discurso do senso comum é altamente significativo e viral quando se trata de assuntos negativos, de rejeição a produtos, marcas e atitudes. Cuidado!

Ações desqualificadas nas redes sociais são um desfavor para a evolução humana, trata-se do cerceamento do capital intelectual fazendo com que haja a massificação de um raciocínio raso e incapaz de identificar movimentos estratégicos mal feitos, nos subestimando como usuários e consumidores e tangendo-nos “de volta para o passado”!

Não dá para confundir rede social com rede de anúncios e vendas, que são os ditos market places. 

A grande confusão na verdade, é bem outra: estão transformando as redes em "páginas amarelas”!

Então, cuidado com os conteúdos e formas de publicação que você utiliza.

Ok! Mas como ficam o marketing, a publicidade e a propaganda neste contexto ?

Simples, novos canais e estratégias surgem a todo momento, é só observar e mudar de atitude; afinal quem quer viver num mundo invasivo, sem privacidade e sem direito de escolha ou mesmo sob as sombras de um passado já distante? Você quer isto para si?

A fórmula para resolver esta difícil equação é: R²(respeito x relevância)+E(empatia). Então é simples, quem não respeitar o consumidor e nem for relevante num cenário como este, não vai crescer! Prepare-se, simplifique e qualifique os seus resultados atuando de forma estratégica e com foco nos resultados. 

Minha sugestão é: Informe-se e contrate uma boa agência de marketing, com profissionais qualificados, experientes e eficientes. Procure por empresas com estrutura e metodologia verdadeiramente profissionais e fuja das "paginas amarelas" !

Darvin G. Pereira

Especialista


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